quarta-feira, 30 de maio de 2012
O terceiro travesseiro
Três vidas, uma
história, um final, não, não vou falar do final. Com a primeira edição
publicada em 1997, Nelson Luiz de Carvalho narra as aventuras de três jovens.
Marcus e Renato são amigos, estudam no mesmo colégio,jogam futebol juntos,
fazem coisas típicas de adolescentes no fim do ensino médio, saem para festas
juntos, paqueram juntos, até que, começam a descobrir a sexualidade juntos.
A narrativa do texto é simples, objetiva, com descrições tão fascinantes que chegam a nos
dar nojo, em alguns momentos, e nos rouba lágrimas em outros. O autor é direto, e nos primeiros parágrafos
do livro o leitor tem uma dimensão do que vai encontrar na trama.
“É difícil prestar
atenção com estes pensamentos. Eu acho o Renato um cara bonito. O que mais me
atrai nele talvez seja o fato de ele ter mais pelos do que eu.Outro dia no
ginásio, após o futebol, (...)percebi que não conseguia deixar de olhar para as
suas pernas. Acho que foi aí que comecei a disfarçar uma série de coisas na
vida.”
Os trechos acima são do primeiro capítulo. Instigante, não?
Mas tem muita coisa pela frente. Marcus e Renato mantêm as namoradas e vivem os
conflitos de sentir algo que mudaria a história de suas vidas: um amor entre
iguais. Envolvidos por dramas familiares
e esperanças maternas que leva desde à confissão católica a benzedores e banhos
de cheiro, o romance é repleto de clímax.
Ao narrar os encontros amorosos entre Marcus e Renato, Nelson Luis de Carvalho enriquece o texto de
detalhes que nos transportam para a cena, ao lê-los temos a sensação de
assisti-los.
“Trancamos a porta,
largamos as mochilas no chão, pegamos duas cervejas estupidamente geladas e nos
sentamos na varanda. Naquele momento, se tivesse talento, teria feito uma
poesia para Renato. Ficamos um bom tempo nos beijando, até que minha mão
começou a deslizar pelo seu corpo.”
Da metade para o fim do livro, o leitor é surpreendido,
assim como Renato e Marcus também são surpreendidos, com a presença de Beatriz,
a terceira pessoa; que mexe com a cabeça dos dois. Eis que surge um triângulo
amoroso. Sem amarras nem cabrestos sociais, estes três jovens vivem o máximo
que a sexualidade humana pode sugerir. Não existe homem, não existe mulher, são
três corações, são três corpos.
O triangulo amoroso foi encenado no teatro
José Rivaldo Soares
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1 comentários:
Perfeiiitooooooo... já li umas 5 vezes esse livroo me emociona todas as vezes! amoo amoo amoo!
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